PARAIBANOS ILUSTRES






PARAIBANOS ILUSTRES








JOSÉ LINS DO REGO

Biografia

Quarto ocupante da Cadeira 25, eleito em 15 de setembro de 1955, na sucessão de Ataulfo de Paiva e recebido pelo Acadêmico Austregésilo de Athayde em 15 de dezembro de 1956.
José Lins do Rego (J. L. do R. Cavalcanti) foi romancista e jornalista. Nasceu no Engenho Corredor, Pilar, PB, em 3 de junho de 1901, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de setembro de 1957.
Filho de João do Rego Cavalcanti e de Amélia Lins Cavalcanti, fez os primeiros estudos no Colégio de Itabaiana, PB, no Instituto N. S. do Carmo e no Colégio Diocesano Pio X de João Pessoa. Depois estudou no Colégio Carneiro Leão e Osvaldo Cruz, em Recife. Desde então revelaram-se seus pendores literários. É de 1916, o primeiro contato com O Ateneu, de Raul Pompéia. Em 1918, aos 17 anos, José Lins travou conhecimento com Machado de Assis, através do Dom Casmurro. Desde a infância, já trazia consigo outras raízes, do sangue e da terra, que vinham de seus pais, passando de geração em geração por pessoas  ligadas ao mundo rural do Nordeste açucareiro.
Passou a colaborar no Jornal do Recife. Em 1922 fundou o semanário Dom Casmurro. Formou-se em 1923 na Faculdade de Direito do Recife. Durante o curso, ampliou seus contatos com o meio literário pernambucano, tornando-se amigo de José Américo de Almeida, Osório Borba, Luís Delgado e Aníbal Fernandes. Sua amizade com Gilberto Freyre, na volta em 1923 de uma  temporada de estudos universitários nos Estados Unidos, marcou novas influências no espírito de José Lins, através das idéias novas sobre a formação social brasileira.
Nomeado em 1925 promotor em Manhuçu, MG, não se demorando. Casado em 1924 com D. Filomena (Naná) Masa Lins do Rego, transferiu-se em 1926 para a capital de Alagoas, onde passou a exercer as funções de fiscal de bancos até 1930 e fiscal de consumo de 1931 a 1935. Em Maceió, tornou-se colaborador do Jornal de Alagoas e passou a fazer parte do grupo de Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda, Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti, Aloísio Branco e Carlos Paurílio. Ali publicou o primeiro livro, Menino de engenho (1932), obra que se revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro. Além das opiniões elogiosas da crítica, sobretudo de João Ribeiro, o livro mereceu o Prêmio da Fundação Graça Aranha. Em 1933, publicou Doidinho, o segundo livro do "Ciclo da Cana-de-Açúcar".
Em 1935, já nomeado fiscal do imposto de consumo, José Lins do Rego transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a residir. Integrando-se plenamente no ambiente carioca, continuou a fazer jornalismo, colaborando em vários jornais com crônicas diárias. Revelou-se, então, por essa época, a faceta esportiva de sua personalidade, sofrendo e vivendo as paixões desencadeadas pelo futebol, o esporte de sua predileção, foi torcedor do Flamengo. Foi secretário geral da Confederação Brasileira de Desportos de 1942 a 1954.
Romancista da decadência dos senhores de engenho, sua obra baseia-se em memórias e reminiscências. Seus romances levantam todo um sistema econômico de origem patriarcal, com o trabalho semi-escravo do eito, ao lado de outro aspecto importante da vida nordestina, ou seja, o cangaço e o misticismo. O autor desejaria que a sua obra romanesca fosse dividida: Ciclo da cana-de-açúcar: Menino de engenho, Doidinho, Bangüê, Fogo morto e Usina; Ciclo da cangaço, misticismo e seca: Pedra Bonita e Cangaceiros; Obras independentes: a) com ligações nos dois ciclos: Moleque Ricardo, Pureza, Riacho Doce; b) desligadas dos ciclos: Água-mãe e Eurídice.
Prêmios recebidos: Prêmio da Fundação Graça Aranha, pelo romance Menino de engenho (1932); Prêmio Felipe d'Oliveira, pelo romance Água-mãe (1941), e Prêmio Fábio Prado, pelo romance Eurídice (1947).

FONTE: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=752&sid=256

ABELARDO DE (ARAUJO) JUREMA,

 Nasceu na cidade de Itabaiana e após concluir os seus estudos ingressou na Faculdade de Direito do Recife, concluindo o curso em 1937. Além de ser advogado, sempre demonstrou veia jornalística; escreveu em diversos jornais em Pernambuco. Em João Pessoa, foi redator de A União. Também foi diretor do Departamento de Estatística e Publicidade; procurador adjunto da República; diretor da Rádio Tabajara; professor de Literatura do Liceu Paraibano; diretor do Departamento de Educação. Foi secretário do Interior e Justiça da Paraíba, foi ainda diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e do Instituto do Açúcar e do Álcool.Com o advento doEstado Novo em 1937, foi nomeado prefeito de Itabaiana, sua cidade natal, cargo no qual permaneceu até janeiro de 1938; prefeito nomeado de João Pessoa em 1946 e 1947.Em1950 foi eleito suplente do senador Rui Carneiro, vindo a exercer o mandato por duas vezes. Nas eleições de outubro de 1958 foi eleito deputado. Abelardo Jurema chega a ocupar a importante liderança do governo Juscelino Kubitschek na Câmara dos Deputados. Reeleito deputado federal pela Paraíba em 1962, Abelardo licencia-se do mandato em junho de 1963 para assumir a pasta da Justiça do governo João Goulart. porém, teve o mandato cassado e teve os direitos políticos suspensos com base no Ato Institucional nº 1. Em seguida, partiu para o exílio no Peru. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano IHGP. Recebeu o título de Professor Honoris Causa da UFPB. - O ex-ministro da Justiça Abelardo Jurema morreu no dia 9 de fevereiro de 1999. Seu  nome foi lembrado no prédio que obrigou durante muitos anos o IPASE vizinho ao Palace Hotel em João Pessoa epela Secretaria de Cidadania e Administração Penitenciária – Secap – que denominou a sala onde funciona a Procuradoria Jurídica da Pasta com o nome do mesmo.

ABDIAS DOS ANTOS PASSOS

 Nasceu em Serra Redonda na Paraíba no ano de 1920 e faleceu na capital no ano de 1959. Foi advogado, comerciante e político.Foi vereador em João Pessoa, suplente de deputado e professor no Liceu paraibano.

 ABDON CHIANCA

Nasceu na cidade de Areia, sendo o primeiro membro da família Chianca a residir na capital. É nome rua no Bairro dos Estados na capital paraibana.

  ADERBAL (DE ARAÚJO) JUREMA

Advogado formado pela Faculdade de Direito do Recife, seria posteriormente ali professor. Diretor do Serviço de Informação Agrícola do Ministério da Agricultura (1946-1947) e secretário do ministro João Cleofas de Oliveira, além de Secretário de Educação nos governos de Etelvino Lins e Cordeiro de Farias.Ingressou na carreira política via PSD sendo eleito deputado federal em 1958 e 1962 chegando ao posto de vice-líder da bancada. Deposto o governo João Goulart e instituído o regime bipartidário pelos militares em meados dos anos 1960, Aderbal Jurema migrou para a ARENA por cuja legenda foi reeleito em 1966, 1970 e 1974. Senador biônico em 1978 migrou para o PDS e para o PFL sendo eleito presidente do diretório regional deste último em Pernambuco. Faleceu no curso do mandato vítima de câncer. Seu irmão, Abelardo Jurema, foi deputado federal pela Paraíba e Ministro da Justiça do governo João Goulart, sendo cassado logo após a deposição deste em 1964. Aderbal Jurema é um edifício de grande porte, o terceiro na lista de edificações mais altas do município brasileiro do Recife, estado de Pernambuco. Está localizado na Rua Real da torre no bairro da Madalena.

 ALCIDES (VIEIRA) CARNEIRO

Começou seus estudos em Princesa Isabel,  prosseguindo em Fortaleza, estado do Ceará, no Instituto São Luiz e no Liceu Cearense. .Iniciou o curso de Direito na capital cearense, mas bacharelou-se no Recife, em 1926, aos 20 anos de idade. A partir de 1930 começou a sua escalada como homem público. Antes de transferir-se para o Rio de Janeiro, foi nomeado prefeito de Princesa Isabel, após a morte do presidente João Pessoa, não chegando a tomar posse no cargo porque o município foi ocupado pelas Forças do Exército, por ordem do Ministro da Guerra. Foi nomeado, então, interventor do município paulista de Itápolis. Outros cargos que exerceu: Inspetor do Ensino Secundário, no Rio de Janeiro; Procurador da República, no estado de Espírito Santo; Oficial de Gabinete do Ministro da Educação; Consultor Jurídico do Ministério da Educação e Advogado da Polícia Militar, no Rio de Janeiro; Curador de Massas Falidas, no Rio de Janeiro. Exerceu, ainda, as Curadorias de Menores e de Família e Procurador de Justiça. Quando faleceu, era Ministro do Superior Tribunal Militar e Presidente da Campanha Nacional das Escolas da Comunidade.Além de advogado e político, Alcides Carneiro era, acima de tudo, um grande orador, seus discursos sensibilizavam qualquer público. Era também, poeta e trovador. Membro da Academia Carioca de Letras, Delegado da Academia Paraibana de Letras, junto à Federação das Academias Brasileiras de Letras do Brasil.

 AMAURY VASCONCELOS

Amaury Vasconcelos nasceu em Alagoa Grande  em Alagoa Grande de em 5 de outubro de 1928 e faleceu em João Pessoa e, 21 de agosto de 2007.O prefeito Plínio Lemos,  convidou o bacharelando em Direito, Amaury Araújo de Vasconcelos, para o seu Secretariado no Governo Municipal de Campina Grande. O mesmo deixou a cidade de Areia, onde residia, para fixar residência definitiva em Campina Grande. Amaury Secretário Municipal e Amaury bacharel em Direito poucos meses depois, pois a sua colação de grau na Universidade de Alagoas, Maceió, aconteceu naquele mesmo ano de 1953. No ano seguinte, que foi 1954, disputava uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba pelo Partido Libertador, porém não se elegeu. Aliás, Amaury Vasconcelos em seu livro EU COMIGO – MEMÓRIAS II, editado em 2002, relata a sua frustração com a política. Amaury voltou a ser candidato a deputado estadual no pleito de 1966, doze anos depois, e mais uma vez não foi eleito.  Além de Campina Grande, os municípios de Areia e Guarabira também lhe concederam o título de “Cidadão Honorário”. Amaury Vasconcelos conquistou as graduações em Ciências Sociais e Jurídicas pela Faculdade de Direito de Alagoas, da Universidade Federal de Alagoas. Como advogado militante havia se especializado em Direito da Família, adquirindo este aprendizado em duas importantes instituições de Ensino da Europa, que foram Universidade Católica de Portugal e Sorbonne, na França. Herdou do pai o dom da oratória e da vocação para o ensino. Coroou a sua vida no magistério como professor da Faculdade de Ciências Econômicas de Campina Grande, pertencente na época a Universidade Federal da Paraíba, onde também ocupou o cargo de Diretor, além de ter participado do quadro de professores da nossa Universidade Estadual da Paraíba, tendo lecionado no curso de Direito.Amaury. Galgou posições políticas importantes, relembrando aqui o cargo de Secretário da Administração na Prefeitura de Campina Grande, onde também foi Procurador Geral, além de Chefe da Casa Civil no Governo Ernani Sátyro.Como destacado homem das letras com várias publicações, o escritor, poeta e historiador, pertenceu à Academia Paraibana de Letras, onde ocupou a Cadeira nº 19, Patrono Irineu Pinto, tendo sido também vice-presidente da entidade; Academia de Letras de Campina Grande, Cadeira nº 11, Patrono Elpídio de Almeida; Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, cadeira nº 42, Patrono Horácio de Almeida; Academia Paraibana de Poesia, cadeira nº 38, Patrono Antonio Bemvindo de Vasconcelos. Restaurou o Instituo Histórico e Geográfico de Campina Grande, ocupando também a presidência do órgão.
A Academia de Letras de Campina Grande não teria existido, se não fosse à pertinaz vocação acadêmica de Amaury Vasconcelos em fundá-la. O projeto se tornou realidade em pouco tempo, pois, no dia 9 de abril de 1981 estava fundada a Academia de Letras de Campina Grande, e no dia 1º de agosto do mesmo ano, no Teatro Municipal Severino Cabral, numa Sessão Solene, tomavam. Além dos cargos e títulos já mencionados, Amaury também foi Conselheiro da Seccional da OAB Paraíba por 20 anos e Conselheiro da OAB Federal por 3 anos; Aluno e Orador Oficial da ADESG na Paraíba; Presidente do Lions Centro de Campina Grande; Governador do Lions Clube na região Nordeste; Membro da Academia Brasileira dos Municípios; Membro do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; Membro da Academia Paraibana de Poesia; Membro da Associação Brasileira de Escritores, onde recebeu o prêmio escritor Paraibano de 1983; Membro da Associação Paraibana de Imprensa; Membro do Instituto Cultural do Oeste Potiguar, de Mossoró e Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano. Além dos títulos de cidadania recebidos em Areia, Guarabira e Campina Grande, Amaury Vasconcelos foi agraciado com a Medalha Argemiro de Figueiredo, pela Associação dos Advogados de Campina Grande; Medalha Tiradentes, pela Loja Maçônica Regeneração Campinense; Medalha de Ouro, pelo Lions Internacional; Também recebeu a Comenda “José Maria dos Santos” outorgada pelo Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e a Comenda Mérito Cultural, da Academia Paraibana de Letras; do Exército Brasileiro recebeu o Diploma de Colaborador Emérito.Com mais de 30 publicações entre livros e plaquetas.


 ANAYDE BEIRIZ,

Formou-se na Escola Normal em maio de 1922, aos dezessete anos de idade. Passou, assim, a lecionar, alfabetizando os pescadores da então vila de Cabedelo. A época, particularmente na Paraíba, Anayde não era bem vista por causa das idéias progressistas que alimentava: como poetisa, participava ativamente do movimento intelectual; como cidadã, defendia a participação das mulheres na política, em uma época em que sequer podiam votar; Em 1928, Anayde iniciou um relacionamento amoroso com João Dantas, político local ligado ao Partido Republicano Paulista, que fazia oposição ao então presidente do Estado (governador) da ParaíbaJoão Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Depois do violento confronto político que foi chamado República de Princesa, João Dantas acabou se refugiando no Recife. João Pessoa, acuado pelos adversários, reagiu e mandou a polícia revistar as casas dos revoltosos e suspeitos, em busca de armas que pudessem ser utilizadas em uma revolta armada. Um desses locais foi o escritório de João Dantas na cidade da Paraíba, invadido em 10 de julho de 1930. Embora não tenham sido encontradas armas, os policiais depredaram as instalações e arrombam o cofre, onde foi encontrada a correspondência de Dantas, inclusive cartas e poemas de amor recebidos de Anayde. Tais cartas foram divulgadas junto a algumas pessoas da sociedade, visando atingir a honra de Dantas. Em 26 desse mesmo mês, João Dantas, acompanhado de um cunhado, Augusto Caldas, entrou na Confeitaria Glória, no Recife, onde se encontrava João Pessoa e disparou contra o peito de João Pessoa, matando-o, sendo também ferido levemente por um tiro disparado pelo motorista do presidente assassinado. Anayde sentiu-se acuada após o assassinato, abandonou a sua residência na Paraíba e foi morar num convento no Recife. Dantas foi encontrado morto em sua cela, em 3 de outubro do mesmo ano, no início da Revolução de 1930. Embora tenha sido declarado o suicídio como causa mortis à época, as lesões em seu corpo e no seu cunhado Augusto Caldas, desmentem tal versão. Anayde veio a falecer, dias depois, aos 25 anos de idade, supostamente por envenenamento provocado por ela, quando sob os cuidados de freiras.

ANTONIO LUSTOSA CABRAL

Nasceu na cidade de Patos-PB no ano de 1902 e faleceu no Rio de Janeiro em 1970. Foi advogado e funcionário do Banco do Brasil, presidene do Sindicato dos Bancários de Pernambuco e foi ainda membro do Conselho Fiscal do Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Bancários – IAPB, no Rio de Janeiro. É nome de rua em Tambaú na capital paraibana.

ANTONIO (MARQUES DA SILVA) MARIZ

 (João Pessoa5 de dezembro de 1937 — 16 de setembro de 1995) foi um político brasileiro.Foi prefeito de Sousa (1963-1969), deputado federal (1971-1983 e 1987-1991),senador pela Paraíba (1991-1994) e governador da Paraíba de 1 de Janeiro de 1995 até 16 de setembro de 1995, quando morreu.Foi sucedido pelo seu vice, José Targino Maranhão. 

APOLONIO SALES DE MIRANDA

- nasceu em Alagoa Grande- PB em  14 de julho de 1916 e faleceu em 18 de março de 1963. Foi funcionário público e também,  um polemico político paraibano. Adulto se transferiu para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal e tomou-se  funcionário do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado.Foi prefeito de João Pessoa de 30 de Novembro de 1955 a 30 de Novembro de 1959, sendo preso durante o mandato o que gerou forte realção popular. Elegeu-se deputado federal, pelo PSD, legislatura 1959-1963.Em sua homenagem, uma praça leva o seu nome no bairro do Mandacaru, em João Pessoa, e uma escola pública na sua cidade natal

ARGEMIRO DE FIGUEIREDO

Argemiro de Figueiredo (Campina Grande9 de março de 1901 — Campina Grande, 14 de dezembro de 1982) foi um político brasileiro, que se destacou como governador do estado da Paraíba, deputado federal e senador da república. Filho de Salvino Gonçalves e Luíza Viana Figueiredo, era irmão do político Bento Figueiredo e pai do deputado federal Petronio Figueiredo. Foi casado com Alzira Ramos de Figueiredo.Advogado, foi eleito deputado estadual em 1929 e Secretário do Interior e Justiça da Paraíba até 1934. Eleito governador em 1935, permaneceu no cargo até 1940, mesmo durante a vigência do Estado Novo do presidente Getúlio Vargas. Entre as suas principais realizações, duplicou a produção de algodão do estado e diversificou a produção agrícola, mecanizou a lavoura e estabeleceu parcerias com pequenos agricultores de todo o estado. Foi eleito deputado federal na Assembléia Constituinte de 1946, e foi um dos 21 membros responsáveis pela elaboração do texto constitucional. Em 1954, foi eleito senador pela UDN, assumindo a vaga de Assis Chateaubriand. Reeleito senador em 1962, passou pelo PTB e filiou-se ao MDB após o Golpe Militar de 1964, onde permaneceu até o fim do mandato em 1970. Grande orador, as sessões plenárias em que discursava eram sempre concorridas, e bastante comentadas e aparteadas pelos senadores.

André Vidal de Negreiros – militar e governador colonial. Foi também herói da Insurreição Pernambucana
Anésio Leão – poeta, escritor, político
Ariano Suassuna – romancista e dramaturgo,membro da Academia Brasileira de Letras secretário de Cultura de Pernambuco
Assis Chateaubriand – jornalista e empresário, fundador dos Diários Associados e do MASP, membro da Academia Brasileira de Letras
Augusto dos Anjos – poeta.
Aurélio Lira – militar, presidente da Junta Militar de 1969.
Barros de Alencar – cantor
Cláudia Lira – atriz.
Celso Furtado – economista, fundador da Sudene, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.
Chico César – cantor e compositor.
Duarte Gomes da Silveira – herói da conquista da Paraíba.
Epitácio Pessoa – Jurista , político, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Juiz da Corte Internacional de Justiça e Presidente da República (1919-1922). Único brasileiro a ocupar a presidência dos três poderes da República, no Brasil.
Elba Ramalho – atriz e cantora.
Elpídio Josué de Almeida – historiador e político.
Fábio Gouveia – surfista profissional.
Félix Araújo – poeta e político.
Flávio José – cantor e compositor.
Genival Lacerda – cantor e compositor.
Geraldo Vandré – cantor e compositor.
Herbert Vianna – cantor e compositor, líder da banda “Os Paralamas do Sucesso”
Humberto Lucena – Senador, presidente do Senado Federal, por duas vezes.
Índio Piragibe – herói da conquista da Paraíba.
Ingrid Kelly – modelo internacional.
Jackson do Pandeiro – cantor e compositor.
João Câmara – pintor.
João Pessoa – ex-governador do estado, candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas.
José Américo de Almeida – escritor, poeta, político, advogado, folclorista, professor universitário e sociólogo.
José Dumont – ator.
José Lins do Rego – romancista e membro da Academia Brasileira de Letras.
José Nêumanne Pinto – jornalista e escritor.
Kaio Márcio – nadador
Lúcio Lins – poeta.
Luiza Erundina – deputada federal (PSB) e ex-prefeita de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores.
Maílson da Nóbrega – ex-ministro da Fazenda.
Manuel Arruda Câmara – frade carmelita, além de médico e botânico(dá nome a uma rua de Recife).
Marcélia Cartaxo – atriz de teatro, cinema e televisão.
Moacir Japiassu – jornalista e escritor.
Padre Rolim – cientista, professor e missionário do Alto Sertão no século XVIII
Paulo Pontes – dramaturgo
Pedro Américo – pintor
Péricles Leal – jornalista, cartunista, escritor e pioneiro da TV no Brasil
Renata Arruda – cantora e compositora
Roberta Miranda – cantora e compositora
Sivuca – músico
Toddy Holland – Fotógrafo e Publicitário
Vladimir Carvalho e Walter Carvalho – cineastas
Wills Leal – jornalista
Zé Ramalho – cantor e compositor, primo de Elba Ramalho


 BALDUINO MINERVINO DE CARVALHO


Foi médico e deputado constituinte da Assembléia Legislativa. Com o afastamento do médico José Gomes da Silva do exercício permanente da medicina na região de Itapoaranga. Pôr conta de sua eleição para a Câmara Federal. Um nome começou a surgir no cenário médico e político do Vale do Piancó: Balduíno Minervino de Carvalho. Em 1932, ainda estudando medicina, alistou-se como voluntário na Revolução Constitucionalista de São Paulo, sob o comando de Bertoldo Klinger e Agildo Barata. Natural do então distrito de Olho D’Água, município de Piancó, mas radicado em Itaporanga Balduíno de Carvalho Com a queda da ditadura Vargas e, consequentemente, a redemocratização do País, decidiu ingressar na política e foi eleito Deputado Constituinte à Assembléia Legislativa da Paraíba e como parlamentar permaneceu até 1970 sempre seguindo a orientação política dos irmãos Janduy e Ruy Carneiro. Foi ainda o responsável pela emancipação política dos distritos de Boa Ventura, Diamante, Curral Velho, São José de Caiana e Pedra Branca (pertencentes à cidade de Itaporanga). Na casa em que morou, na praça que leva o seu nome, existe um pequeno museu com objetos relacionados com a medicina e sua atuação política.

BARTÔ GALENO

Bartolomeu da Silva nasceu em Souza, na Paraíba em 20/5/1950, mas com dez anos mudou-se com a família para Mossoró no Trio Grande do Norte. O seu primeiro sucesso foi lançado no fim da década de 70, a música denominada: No Toca-Fitas do Meu Carro, que é um de seus maiores sucessos até hoje. Em 78 Bartô lançou o disco: Só Lembranças, seu disco de 78, emplacou Cadeira Vazia e Amor Vagabundo, ambas divididas com Carlos André, seu parceiro mais freqüente.Em mais de 20 anos de carreira romântica, foi regravado pelos Trios Irakitan e Nordestino, além de ter varrido o país com outro hit, Amor com Amor se Paga.Bartô GalenoLogo cedo, o garoto começou a compor. Já adulto mudou-se para para o Rio de Janeiro, onde conseguiu gravar cerca de 40 músicas Bartô encaminhou seus filhos também para a arte. Bartôzinho já faz sucesso há muito tempo, é contratado da TV Diário, de Fortaleza, como cantor e como ator. Compõe e canta. Agora desponta o mais novo, Daniel Galeno, que está lançando CD na praça.

BILIU DE CAMPINA

Nasceu em Campina Grande em 01/03/1949. Formado em Direito, deixou a profissão de advogado para ser forrozeiro. É um referencial e um patrimônio cultural da cidade.
. Biliu lançou três discos independentes: Tributo a Jackson e Rosil; Forró O Ano Inteiro e Matéria Paga. E lançou dois CDs independentes: Do Jeito Que O Diabo Gosta e Forrobodologia. Em 2002 mantendo seu lado irreverente, lança: Diga Sim A Biliu de Campina, trocadilho da campanha nacional do Combate a Pirataria: Diga Não a Pirataria. O Forró de Biliu tem toda a essência dos forrós tradicionais, com um suingue característicos dos discípulos de Jackson e uma irreverência no duplo sentido das letras que mostra bem toda a malicia e o bom humor nordestino.Como abomina aqueles que fogem do chamado forró tradicional costa classificá-los como “Travestis do forró”.


CANHOTO DA PARAÍBA

Francisco Soares de Araújo, o Canhoto da Paraíba, nasceu no dia 19 de maio de 1928. Cresceu em uma família de músicos, mas como era obrigado a compartilhar instrumentos com os irmãos, não podia inverter as cordas: tinha que tocar um instrumento afinado para destros. Teve que aprender tudo sozinho, o que o levou a desenvolver um estilo único de tocar. Em 1959, foi para o Rio de Janeiro, onde pela sua técnica e talento, despertou a atenção de Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Radamés Gnattali e Paulinho da Viola. Gravou em 68 seu primeiro disco, “Único Amor”. Em 77 lançou o famoso “Canhoto a mais de mil” e, na companhia de Paulinho da Viola, seguiu em excursão pelo Brasil no Projeto Pixinguinha, tendo ainda na sua vida se apresentado com João Bosco, Sivuca e César Camargo Mariano.. Outros discos que gravou foram “O violão brasileiro tocado pelo avesso”, de 1977, e o CD Canhoto da Paraíba Pisando em Brasa, lançado nacionalmente por Paulinho da Viola, e que conta com a participação deste e de Raphael Rabello.

CARLOS DE GOUVEIA COELHO (DOM)

D. Carlos Gouvêa Coelho( João Pessoa1907 — 7 de março de 1964) foi um bispo católico brasileiro. Durante seu governo à frente da diocese de Niterói, o Papa João XXIII criou a diocese de Nova-Friburgo, desmembrando-a da então elevada arquidiocese de Niterói, e das dioceses de Campos e Valença. Divisa: “In caritate Christi” (No amor de Cristo).Filho dos educadores Dr. José Vieira Coelho e D. Maria Emerentina de Gouvêa Coelho, estudou no Seminário da Paraíba e, uma vez ordenado sacerdote, foi designado para cooperar no episcopado de seu tio, D. Moisés Sizenando Coelho, arcebispo da Paraíba, tendo exercido as funções de secretário do bispado, vigário cooperador e diretor do Colégio Padre Rolim, de Cajazeiras.Em seguida, foi catedrático do Seminário da Paraíba. Capelão do Colégio Pio X de João Pessoa e de N. Sra. de Lourdes^ e diretor do departamento de Educação da Paraíba. Foi também presidente da Comissão de Educação da CNBB, sócio e presidente doInstituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.Em 1948, foi nomeado bispo de Nazaré, de onde foi transferido para Niterói, em 1954, e, daí, para a Arquidiocese de Olinda e Recife, em 1960.Submetido a uma intervenção cirúrgica, veio a falecer em decorrência da mesma, devido a complicações no campo da anestesia.

CÁTIA DE FRANÇA

Paraibana de João Pessoa (13/2/1947) Nascida Catarina Maria de França Carneiro, desde menina dominava vários instrumentos. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor em parceria com o poeta Diógenes Brayner. Participou de festivais de música popular na década de 60, época em que viajou à Europa com um grupo folclórico. De volta ao Brasil, contatou outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca. O primeiro LP solo, 20 Palavras ao Redor do Sol, foi lançado em 1979, com músicas compostas com base em poemas de João Cabral de Melo Neto. Uma música da cantora foi trilha sonora do filme Cristais de Sangue, de 1975.Sua música tem como fonte a literatura, fazendo referências à obra de Guimarães Rosa, José Lins do Rego, Manoel de Barros, além do citado João Cabral de Melo Neto. Foi parceira de palco de Jackson do Pandeiro durante a primeira versão do Projeto Pixinguinha, em 1980. Cátia gravou três LPs: Vinte Palavras ao Redor do Sol, Estilhaços e Feliz Demais, e dois CDs: Avatar (com participações de Chico César e Xangai ) e Cátia de França canta Pedro Osmar.O primeiro LP solo, “20 Palavras ao Redor do Sol”, foi lançado em 1979, com músicas compostas sobre poemas de João Cabral de Melo Neto. Gravou outros discos nos anos 80 e em 1997 lançou o primeiro CD, “Avatar”, com composições baseadas nos poemas de Manoel de Barros e na literatura de José Lins do Rego.

  CYNTHIO CILAIO RIBEIRO         

Mais conhecido por Cilaio Ribeiro, nasceu no dia 4 de dezembro de 1902, na Rua Mata Negro (hoje Cardoso Vieira), em João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba, filho de José Ribeiro do Prado Andrade e Júlia Ribeiro. Vindo de uma família de artistas natos, a começar por seu pai José Ribeiro e por seus tios Nilo e Genésio de Andrade (atores amadores dramáticos), desde menino já demonstrava talento para as artes, brincando com bonecos e marionetes, dedicando-se com afinco, à arte da ventriloquia.           Todos os anos, em fins de julho a cinco de agosto, no período em que se realizava a festa da padroeira da cidade – Festa das Neves – Cynthio Cilaio Ribeiro retirava sua fantasia de homem normal e assumia o papel de ator, capricho de sua imaginação criadora e transformava-se em Cilaio Ribeiro – o ventríloquo. Sua casa de espetáculos era um anexo ao Mosteiro de São Bento, cujo palanque era patrocinado pelos comerciantes locais e ficava na mesma rua onde fixava residência. Costumava chamar seus bonecos pelos nomes, que ele mesmo batizava: Benedito, Zezinho, Caviloso e Dona Genoveva. Nas creches, asilos e orfanatos, as crianças e idosos os cognominaram carinhosamente de “Vovô Cilaio”.     Ainda muito jovem Cilaio foi convidado por Dr. Gomes Jardim, diretor da Companhia Dramática Itália Fausta, a fazer parte da companhia, mas não conseguiu consentimento de seus pais. Entretanto, algum tempo depois, fez excursão com a Companhia Conceição Ferreira, onde trabalhava nas comédias e também como ventríloquo.     Sempre apaixonado pelas artes cênicas, foi diretor artístico de vários grupos teatrais de amadores, destacando-se “Sociedade Lítero-Dramática 25 de Dezembro”, “Grupo Genésio de Andrade”, “Renascente” e “Teatro de Amadores da Paraíba”. Dentre as peças em que atuou, representou importantes papéis em “O Coração Não Envelhece”, “Olhos Sem Luz” e “Rosa de Nossa Senhora”. Sua última apresentação foi aos 73 anos de idade, na peça “Hoje a Banda Não Sai”, de Marcos Tavares.encenou várias revistas, entre elas, uma montada em 1930, cuja temática era uma crítica a uma concessionária de serviço público – Empresa de Tração Luz e Força, de propriedade do senhor San Juan. Tal foi o sucesso dessa nova empreitada, que em 1931, juntamente com uma plêiade de foliões, entre eles o ainda tenente Otílio Ciraulo, fundou um bloco carnavalesco cuja meta era criticar os fatos de maior evidência do ano. O bloco explorava o fornecimento de energia e transporte com bondes puxados a burro. O bloco ficou conhecido com as iniciais E. T. L. F., do nome Empresa Tração Luz e Força.Cilaio tinha um carisma tão forte que os diretores de cinema o convidavam para seus filmes sem necessidade de testes, e ele desempenhava tão bem como qualquer estrela do eixo Rio-São Paulo. Foi assim em “Salário da Morte”, de Linduarte Noronha e “Menino de Engenho”, de Valter Lima Jr.”. Este último, drama lançado em 1965, onde Cilaio contracenava com atores locais e nacionais como Geraldo Del Rey, Rodolfo Arena, Sávio Rolim, Anecy Rocha, Margarida Cardoso, Maria Lúcia Dahl, Atônio Pitanga, Lucy Campello, Agnaldo Azevedo, Klício Brayner, Nautília Mendonça, Elpídio Navarro, entre outros.

DAMASIO BARBOSA DA FRANCA

Nascido em 16/09/1918, em João Pessoa, Realizou seus estudos no Colégio N.S. das Neves, transferindo depois para o Pio X e concluindo o curso secundário no Liceu Paraibano. Desenvolveu intensa atividade estudantil. fundou e dirigiu por quatro vezes o Centro Estudantil da Paraíba fundou a Casa do Estudante da Pb.  1947, se elege vereador pela UDN, exercendo a liderança na Câmara Municipal 1951, assume a presidência da Câmara 1951, assume em 13/11 à 30/11 a prefeitura de João Pessoa, tendo em vista a renúncia do Prefeito Oswaldo Pessoa_ 1966, em 21/04 assume pela segunda vez a prefeitura, motivado pela cassação do prefeito Domingos Mendonça Neto. É nomeado prefeito pelo governador João Agripino, assumindo pela terceira vez o cargo de prefeito, sucedendo a si mesmo. Logo após é nomeado Conselheiro do Tribunal de Contas da Pb.Em 1979,, assume a prefeitura pela 4ª vez, por ato de nomeação do Gov. Tarcísio Burity, concluindo o mandato em 15/03/1983.Tabelião público e escrivão vitalício do 5º Ofício da Fazenda Estadual e Municipal, Damásio exerceu o cargo de Secretário da Casa Civil do Governador(Wilson Braga), Secretário de Viação e Obras do Estado(João Agripino), foi duas vezes vice-presidente do Tribunal de Contas,  e a presidência de dezenas de clubes e órgãos de classe de nosso Estado. Cidadão Benemérito da Cidade de João Pessoa, em 8/03/1971. Foi agraciado com o Grau de Comendador do Ipiranga, conferida pelo Governo do estado de São Paulo, em 1981.

JOSÉ DE LIMA SIQUEIRA

Foi um maestro e acadêmico brasileiro fundador de vários institutos de música e arte. Maestro, compositor e acadêmico brasileiro nascido em Conceição, no Vale do Piancó, alto sertão do Estado da Paraíba, regente e compositor reconhecido em nível internacional, de suma importância como educador, pelo papel de liderança que exerceu no meio musical de sua época e pela participação da criação de várias entidades de classe e culturais, tornando-se uma das grandes figuras da música brasileira no século XX. Filho de um mestre da banda Cordão Encarnado, em sua cidade natal, que lhe ensinou a tocar diversos instrumentos como saxofone e trompete. Durante sua juventude, atuou em bandas de música de várias cidades do interior da Paraíba. Foi para o Rio de Janeiro (1927), então capital da República, como integrante das tropas que tinham sido recrutadas para combater a Coluna Prestes e logo ingressou na Banda Sinfônica da Escola Militar, como trompetista. Estudou (1928-1930) composição com Francisco Braga e Walter Burle-Marx, no antigo Instituto Nacional de Música, e formou-se em Composição e Regência (1933) e iniciou sua brilhante carreira de compositor e regente no Brasil e no exterior, em grandes orquestras dos Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Itália, Holanda, Bélgica e Rússia, entre outros países. Regeu nos Estados Unidos grandes orquestras como a Sinfônica de Filadélfia, Detroit, Rochester. Na França regeu a Orchestre Radio-Symphonique, de Paris, e em Roma, a Sinfônica de Roma, entre outras. Foi professor da Escola de Música da Universidade do Brasil, hoje da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fundou a Orquestra Sinfônica Brasileira (1940) e formou-se em Direito (1943). Viajou pelos EUA e Canadá e fundou a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro (1949), fechada 2 anos depois. Quando esteve em Paris (1953) freqüentou o curso de musicologia da Sorbonne. Oficializou junto ao prefeito Miguel Arraes, a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga do país. Idealizou e criou a Ordem dos Músicos do Brasil, assumindo a sua Presidência (1960). Fundou a Orquestra Sinfônica Nacional (1961) e da Orquestra de Câmara do Brasil (1967). Exilado pela Ditadura Militar  exilou-se na extinta União Soviética, onde regeu a Orquestra Filarmônica de Moscou e participou como jurado de grandes concursos de música internacionais. Também foi em Moscou que boa parte de sua obra foi editorada e preservada. Deve-se a ele ainda a criação da Orquestra de Câmara do Brasil, Sociedade Artística Internacional, o Clube do Disco e a Ordem dos Músicos do Brasil.Também publicou vários livros didáticos tais como Canto Dado em XIV LiçõesMúsica para a Juventude, em quatro volumes, Sistema Trimodal BrasileiroCurso de Instrumentação, entre outros. Faleceu aos 78 anos, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de abril (1985). A cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música, fundada (1945) por Heitor Villa-Lobos, nos moldes da Academia Francesa, foi alocada para ele como co-fundador, depois que o efetivo da Academia se reduziu de 50 para 40 cadeiras.

 GAZZI DE SÁ 

Gazzi de Sá [1901-1981] é o autor de um conceituado e inovador método de musicalização que proporciona um estágio avançado de consciência coral. O compositor, pianista e educador esteve ligado não só a grandes cargos artísticos da Paraíba, como também, abriu caminhos, mobilizou a opinião pública e sensibilizou vocações e valores. Chegou a estudar Medicina, no Rio de Janeiro, mas seu amor pela música foi maior. Gazzi de Sá foi. Fundou a Escola de Música Antenor Navarro que formou grandes instrumentistas e ensinou música a uma grande parcela do clero paraibano. Em 1937 fundou o Coral Villa-Lobos que marcou o desenvolvimento musical no Estado. Em 1947, foi convidado pelo maestro Villa-Lobos para integrar o corpo docente do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico e chegou a substituir o maestro na direção do conservatório. Seu trabalho contribuiu para que o presidente da República Juscelino Kubitschek decretasse o reconhecimento do canto orfeônico da Paraíba, em 1960. Segundo depoimento de José Lins do Rego (A União – 1948), “Gazzi de Sá abandonou sua província, mas deixou na terra boas sementes plantadas”.

HUMBERTO LUCENA 

Humberto Coutinho de Lucena nasceu na cidade da Paraíba, atual João Pessoa, no dia 22 de abril de 1928. Seu avô, Solon Barbosa de Lucena, foi presidente da Paraíba em 1916 e de 1920 a 1924. No pleito de outubro de 1950 elegeu-se deputado estadual. Nesse mesmo ano bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de Pernambuco. Reeleito em 1954, durante sua permanência na Assembléia chegou a ser Líder de seu partido. Em 1958, elegeu-se deputado federal pela mesma legenda, tendo sido reconduzido à Câmara dos Deputados por mais três vezes, nas eleições de 1962, 1966 e 1974. No pleito de novembro de 1978, foi eleito senador, tornando-se Líder do MDB e da Minoria em 1979.
Foi Líder do PMDB de 1982 a 1984 e Líder do PMDB e do Governo em 1985. Retornou à Liderança de seu partido no biênio 1991-1992.
Humberto Lucena assumiu a presidência do Senado pela primeira vez em 1987, para mandato de dois anos, a ela retornando no biênio 1993 -1994.
Humberto Lucena faleceu em 13 de abril de 1998, no exercício de seu terceiro mandato de senador da República, quando presidia a Comissão Especial de Reforma Política e Partidária.


IVAN BICHARA SOBREIRA

1918 – Nasceu no dia 24 de maio de 1918 em Cajazeiras – PB.Estuda no Instituto São Luiz, em Cajazeiras, onde conclui o curso primário.
Faz o exame de admissão para o curso ginasial no Colégio Padre Rolim, educandário tradicional daquela cidade. Passa a trabalhar no Hospital da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas, em São Gonçalo, sob a direção do Dr. Otacílio Jurema. 1934 – 1936 – Muda-se para a Capital e inicia sua carreira jornalística. 1937 – Faz concurso público para o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários – API. Concorre para os exames vestibulares em Alagoas e é aprovado para o curso de Direito, mas faz apenas o primeiro ano naquele Estado, transferindo-se para a Faculdade do Recife, onde se tornará Bacharel, em dezembro de 1.945. No ano de 1947 elege-se deputado estadual pela UDN, mandato que assume até 1.950,  sendo um dos constituintes dessa legislatura. É reeleito deputado estadual.1951 – Assume a Presidência da Assembléia Legislativa. Torna-se professor da Faculdade de Direito da Paraíba.1955 – Elege-se Deputado Federal pela legenda do Partido Libertador. Nessa legislatura, é vice-líder da maioria – UDN-PL.1958 – Novamente, candidato, a deputado federal, fica como primeiro suplente, tendo assumido na vaga do deputado João Agripino, escolhido Ministro de Minas e Energia, no governo Jânio Quadros.1961 – É nomeado vice-presidente do Conselho Superior das Caixas Econômicas Federais. Assume a Chefia de Gabinete do Presidente do Banco. 1969 .  Eleito pela Assembléia Legislativa, Ivan Bichara toma posse no cargo de Governador da Paraíba. 1978 – Apesar de ser o candidato mais votado para Senador pela ARENA, em consequência da soma das sublegendas, não é eleito. 1980 – Publica o ensaio José Vieira e os caminhos do seu romance(A UNIÃO).1984 – Publica, pela José Olympio, o romance Carcará, prefaciado por Antonio Carlos Vilaça.1988 – Escreve o romance Tempo de Servidão, também editado pela José Olympio.1995 – Publica Joana dos Santos, lançando em evento na Fundação Casa de José Américo, com apresentação do acadêmico Flávio Sátiro Fernandes. 1997 – Falece, enlutando a Paraíba.


JAIRO AGUIAR

Jairo Alves de Souza Aguiar nasceu 11/9/1937 João Pessoa, PB – Iniciou a carreira na década de 1950, cantando na Rádio Clube Pernambuco. Em 1954, participou do concurso “Primeiro Campeonato de Cantores Novos”, promovido pela Rádio Nacional e apresentado por César de Alencar. Ficou em primeiro lugar, cantando músicas do repertório de Jorge Goulart e Carlos Galhardo. Em 1956, foi contratado pela gravadora Copacabana onde estreou com sucesso cantando o samba “Uma noite no Rio”, de sua autoria em parceria com Aôr Ribeiro e Mário Mascarenhas. O outro lado do disco trazia a valsa “Sussu”, de Joubert de Carvalho. Em 1958 gravou de sua autoria e Benil Santos o samba “Devoção” e de Assis Valente o samba “Lamento” e da dupla Raul Sampaio e Benil Santos o bolero “Noites cruéis”. O samba “Lamento”. Em 1960 gravou de Blecaute a marcha lamento “Lamento do triste adeus” e de Nássara e Jair Amorim o bolero “Minha estrela é você”. No ano seguinte registrou o bolero “O despertar da montanha”, de Eduardo Souto com letra de Francisco Pimentel. No outro lado do disco, a mesma música foi interpretada pela Orquestra Copacabana. Em 1962, gravou o chachacha “O homem do bombô”, de Getúlio Macedo. Pela gravadora Copacabana lançou 20 discos de 78 rpms, 10 compactos e 12 LPs, perfazendo quase 200 músicas, muitas composições de sua autoria. Seus maiores sucessos foram: Atuou no Teatro de Revista e também em filmes produzidos por Carlos Imperial. Na década de 1960 excursionou pela Argentina e o Uruguai. Voltou ao disco em 1990, lançando “Emoção maior”, pela somarj. Em 2001, lançou o CD “Jairo Aguiar reconquista sucessos”.

JOÃO RODRIGUES CORIOLANO DE MEDEIROS

nasceu no dia 30 de novembro de 1875, no sítio Várzea das Ovelhas, município de Patos, Paraíba. Era filho de Aquilino Coriolano de Medeiros e Joana Maria da Conceição; faleceu em João Pessoa no dia 25 de abril de 1974, em sua residência, à Rua do Sertão, 232.. Seus pais deixaram o sertão e fixaram-se na capital do Estado. Pouco tempo depois seu pai faleceu, desfazendo o sonho do menino Coriolano que, sentindo a responsabilidade de ajudar a mãe, trocou os estudos pelo trabalho.Ainda freqüentou o Liceu Paraibano, concluindo os preparatórios em 1891, tendo ingressado na Faculdade de Direito do Recife, freqüentando-a até o 3º ano. A necessidade obrigou-o a procurar emprego. Trabalhou no comércio e, depois, como funcionário dos Correios e Telégrafos, de 1889 a 1900. Em 1905, casou-se com a pianista Eulina Medeiros, retornou ao comércio, a princípio como caixeiro da Tabacaria Peixoto e mais tarde com o seu próprio estabelecimento.Durante muitos anos Coriolano manteve-se como professor particular, depois foi nomeado Escriturário da Escola de Aprendizes Artífices (Escola Técnica Federal, hoje CEFET), chegando a exercer sua direção, em 1922, aposentando-se nesse cargo.Sensível às letras e às artes, colaborava nos jornais A Imprensa e o Comércio. Fundou a Academia Paraibana de Letras. Era sócio fundador do Centro Literário Paraibano; membro da Associação dos Homens de Letras (sociedade acadêmica com 30 membros efetivos, criada por sugestão do Presidente Camilo de Holanda); fundador do Gabinete de Estudos de Geografia e História da Paraíba; sócio correspondente dos Institutos Históricos e Geográficos de Sergipe e de São Paulo; membro do Instituto Arqueológico e Geográfico Alagoano. Era detentor da Medalha DEODORO DA FONSECA.Professor, poeta, jornalista e romancista, Coriolano de Medeiros está na lista dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, criado a 7 de setembro de 1905, tendo ocupado vários cargos de sua Diretoria, inclusive a Presidência quando foi eleito para o período 1937/38, embora tenha renunciado na metade do mandato.São de sua autoria: Dicionário Corográfico do Estado da Paraíba, 1944; Do Litoral ao Sertão, 1917; O Tesouro da Cega, 1922; Mestres que se foram, 1925; O Barracão, 1930; Manaíra, 1936; A Evolução Social e a História de Patos, 1941;Sampaio, 1955.

JOAQUIM PEREIRA DE OLIVEIRA

Joaquim Pereira nasceu em Caiçara e logo cedo revelou forte vocação musical e ainda menino tocava flauta nas festas que eram realizadas pela Paróquia daquela cidade e certo dia, estando o mesmo com 15 anos foi ouvido pelo regente da banda de música da Polícia Militar, que com muita insistência conseguiu tirar Joaquim do seio da Família e das atividades de auxiliar de marceneiro junto ao seu genitor e trazê-lo para a capital, onde o mesmo com tão pouca idade, foi trabalhar como arquivista da banda de música, aprendendo ali diversos instrumentos musicais. Antes mesmo de completar 20 anos de idade, Joaquim Pereira, já era sargento e regente da banda de musica, com a responsabilidade de substituir o grande tonheca Dantas, que havia se aposentado. Perdia-se um marceneiro e se ganhava um maestro e inspirado compositor, que durante a sua vida, produziu mais de 200 músicas, entre dobrados, valsas, frevos, hinos, sinfonia e outros gêneros. Sendo algumas delas executadas inclusive no exterior.Depois da Banda da Polícia Militar Joaquim foi convidado a ingressar no Exército, saindo da condição de sargento e regente, indo para ali como simples soldado, pois sabia ele que logo conquistaria o seu espaço, como de fato aconteceu. Algum tempo depois, o mesmo já promovido a tenente foi transferido para a AMAN – Academia Militar de Agulhas Negras em Resende – Rio de Janeiro, onde permaneceu até a sua reforma.Paralelo a sua atividade como musico militar, Joaquim Pereira foi professor de diversos colégios, dentre eles: o Colégio das Neves, o Lins de Vasconcelos e Pio X, sendo o autor dos hinos das três instituições. Sendo ainda um dos fundadores da Orquestra Sinfônica da Paraíba e o seu segundo regente.Em 26 de abril de 1993, Joaquim Pereira faleceu em sua residência, sendo a sua morte noticiada por todos os órgãos de imprensa da capital e o seu cortejo sido acompanhado pelas Bandas da Polícia Militar e 15º Batalhão de Infantaria. Seu nome foi perpetuado como patrono de uma das cadeiras da Academia Paraibana de Música, dando o nome ao Pavilhão de Musica do 15º Batalhão de Infantaria, ao Pavilhão de Música da AMAN em Resende no Rio de Janeiro, numa das ruas da cidade de João Pessoa, numa praça localizada na Avenida Epitácio Pessoa e na Rodovia que liga Belém/Caiçara/Logradouro.


FELIX ARAÚJO


FLÁVIO JOSÉ Félix de Souza Araújo (Cabaceiras22 de dezembro de 1922 — Campina Grande27 de julho de 1953) foi um político brasileiro, vereador de Campina Grande, no estado da Paraíba. Também foi poetatribunosecretário de governo, ensaísta, crítico literário, escrituário, livreiro, radialistajornalista e conferencista. Foi pai de Félix Araújo Filho, prefeito de Campina Grande.Félix Araújo era filho de Francisco Virgolino de Souza e Nautília Pereira de Araújo, ambos também nascidos em Cabaceiras. Contraiu matrimônio com Maria do Socorro Douettes, em janeiro de 1947, com quem teve dois filhos: Maria do Socorro Tamar Araújo Celino e Félix Araújo Filho.Cursou o primário em Cabaceiras e prosseguiu seus estudos no Colégio Diocesano Pio XI (Campina Grande) e no Liceu Paraibano (em João Pessoa). Concluiu o curso clássico em 1949. Foi aluno da Faculdade de Direito do Recife, escolhido orador de sua turma, porém foi assassinado por razões políticas pouco antes de concluir o curso.Aos dezesseis anos, Félix de Souza Araújo já publicava artigos em jornais. Ainda no ano de 1938Alceu Amoroso Lima reconheceu importante vertente de sua personalidade: a sua erudição.Ainda em Cabaceiras, fundou o Jornal “Cruzeiro”.É autor do poema em prosa TAMAR – escrito em 1940, publicado em 1945 -, DOR, FRATERNIDADE, POEMAS SOLTOS e CARROSSEL DA VIDA.Foi pracinha voluntário da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Lutou nos campos da Itália contra onazi facismo, em 1943. Foi correspondente de guerra e fundou o jornal “Cruzeiro do Sul”. Ao voltar, fixou residência em Campina Grande.Criou o programa “A Voz dos Municípios” na Rádio Borborema de Campina Grande. Também, durante muitos tempo, manteve o programa “Carrossel da Vida”, com leitura de crônica diária na Rádio Caturité.Filiou-se ao PCB, disputando, por este partido, duas eleições: em 1946, para deputado federal e 1947para deputado estadual. Deixou o PCB em 1948.Instalou livraria – a “Livraria do Povo” (1946) – incendiada, criminosamente, por adversários ideológicos, sectários de extrema direita.Em 1947, Félix liderou a campanha de Elpídio Josué de Almeida a prefeito de Campina Grande. Foi secretário de Educação e Cultura deste governo, introduziu o “Cinema Educativo”. Coordenou a campanha eleitoral de José Américo de Almeida a governador da Paraíba (1950).Rua Maciel Pinheiro, centro da cidade de Campina Grande. Local onde Félix Araújo foi assassinado.Elegeu-se vereador mais votado de Campina Grande em 1951, pelo PL (Partido Libertador). Integrou as comissões de Justiça, Legislação e Redação e de Educação e Cultura (1951 a 1953). Denunciou a corrupção. Rompeu com o prefeito Plínio Lemos e com o governador José Américo de Almeida.Escreveu o “Acuso”, manifesto contra o governo de José Américo de Almeida. No mesmo ano, em 13 de julho de 1953, foi baleado, pelas costas, por João Madeira, guarda-costas do então prefeito de Campina GrandePlínio Lemos. Momentos após o atentado, João Madeira foi encontrado – e preso – escondido na residência do citado prefeito.Félix Araújo faleceu aos 30 anos de idade em decorrência dos ferimentos, na Casa de Saúde dr. Francisco Brasileiro, em Campina Grande – Paraíba.
Nasceu na pequena Monteiro/PB. Aos 7 anos, fazia a sua iniciação no universo mágico das teclas. Aos 10 anos já tocava o seu pequeno fole de 24 baixos, animando as festinhas do lugar.FLÁVIO JOSÉ é um predestinado, largou a carreira de funcionário do Banco do Brasil e cantando e seguindo a canção foi construindo a sua história, até entrar definitivamente para o seleto grupo que é referência e citação obrigatória nos anais da MPB. Hoje, após 8 LPs, dezenas de CDs, milhares de shows e eventos, FLÁVIO JOSÉ possui uma carreira consolidada. Reverenciado como o Rei do Xote, permanece fiel ao estilo que abraçou, até os dias atuais. Essa fidelidade é retribuída pelo enorme carinho que lhe é devotado pelos inúmeros fãs. Para atendê-los, o artista promove em média 100 shows por ano. FLÁVIO JOSÉ é nome consolidado, de liderança inconteste e com um público altamente fiel, que não aceita que o mesmo mude as suas características de forró autentico.


VIRGINIUS DA GAMA E MELO
    
Virgínius Figueiredo da Gama e Melo nasceu no dia 19 de outubro de 1922, na rua Nova, nº 71, atual General Osório, na cidade de Parahyba. Único filho de Pedro Celso da Gama e Melo e de Severina Figueiredo da Gama e Melo e procedente de famílias tradicionais na política paraibana.
Cedo perde seus pais e passa a ser criado com as tias. “Não cheguei a conhecer mãe, perdia-a no primeiro ano de vida. Pai mesmo, pouco conheci”, afirmou em carta a Gilberto Amado. Inicia seus estudos no Grupo Escola Pedro II, depois secundário no Pio X, no Liceu Paraibano e no Ginásio Pernambucano do Recife. Na Capital pernambucana torna-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, em 1946.Ainda no Recife, ingressa no Jornalismo, colaborando com o Suplemento Literário do Jornal do Commercio, no Diário da Noite e no Correio da Manhã, fazendo resenha literárias e comentários políticos.
Em meados dos anos 50 já era respeitado crítico literário, faz crítica teatral e teve participação importante na produção de filmes, como Menino de Engenho. Vivendo intensamente a vida boêmia, é acometido de tuberculose. Por essa época, estende sua colaboração com jornais do País, como Diário de Pernambuco, Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Jornal de Letras e Diário de Notícias. Na Paraíba, torna-se colunista de vários jornais, escrevendo até sua morte em O NORTE.
Em 1962, com o apoio do Ministério da Educação, do Governo do Estado e da Universidade Federal da Paraíba promove o III Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, realizado em João Pessoa, em memória do escritor José Lins do Rego.A literatura era o motivo maior de sua vida, dela tirando as razões do seu viver, como atestam amigos com quem conviveu. O Menestrel, como carinhosamente era chamado por amigos, morreu aos 52 anos em João Pessoa, no dia 1º de agosto de 1975. A casa onde nasceu e se criou, está em ruínas, restando apenas a parede frontal e de algumas divisoras.Entre as obras publicadas por Virgínius destacam-se “Antagonismo e Paisagem, Alexandrino (Olavo Bilac)”, “Tempo de Vingança”, “A Vítima Geral” e “O Romance Nordestino & Outros Ensaios”. Para o teatro escreveu a peça “A Modelação”, premiada pelo Serviço Nacional de Teatro (SNT) e encenada em João Pessoa sob a direção de Marcus Siqueira.


ABDON MILANEZ

Abdon Felinto Milanez nasceu no município de Areia, Paraíba, a 10 de agosto de 1858. Iniciou sua carreira artística como compositor teatral. Escrevia operetas e revistas representadas com sucesso nos teatros Sant’Ana, Lucinda, Apolo, Fênix etc. Sua primeira obra, a opereta “Donzela Teodora”, com libreto de Arthur Azevedo, estreou em março de 1886 no Teatro Sant’Ana. Musicou ainda as peças “A loteria do amor”, de Coelho Neto; “O bico do papagaio”, de Eduardo Garrido, e “A chave (…)ObrasA chave do inferno A loteria do amor A princesa flor Ai! Comeu! Donzela Teodora . Escreveu ainda peças como Heróis à força?, ?Barbeirinho de Sevilha?, ?A chave do inferno?, ?Bico de papagaio?, ?Fada azul?, ?La reine du tango?, ?Mosca azul?, ?Dama de espada? e outras operetas de beleza melódica e realce dramático. Faleceu o insigne músico paraibano no Rio de janeiro a 1º de abril de 1927. O mesmo é autor do_hino_do_estado _da_paraiba/Descendente de família ilustre do Brejo paraibano, Abdon logo cedo se transferiu para o Rio de Janeiro, tendo cursado Medicina na Faculdade de Medicina e Engenharia na Escola Politécnica, formando-se como engenheiro civil em 1880. Não fez estudos regulares de música, tendo-se iniciado no piano tardiamente. Em sua fase de estudante, compôs polcas e valsas, publicadas pela Casa Bevilacqua. Abdon é nome de praça em João Pessoa e nome de rua no Rio de Janeiro.

AMAZAN

Em 18 anos de carreira profissional solo, O Sanfoneiro Nordestino, Amazan já lançou 23 discos, sendo 06 em vinil e 17 em CD, além de um DVD lançado em 2005. Amazan nasceu em Campina Grande – PB, no dia 05 de Outubro de 1963 e foi criado em Jardim do Seridó, interior do Rio Grande do Norte, onde desde criança já apreciava a poesia e a boa música nordestina. Quando tinha por volta dos seus 20 anos de idade, formou o trio “Os três do forró” e gravou o seu primeiro compacto; Algum tempo depois este grupo se desfez e um novo trio foi criado, o “Festejo nordestino”, e mais um compacto gravado. Era o início de uma definição profissional. Em 1989, já em carreira solo, Amazan grava o primeiro LP, “Naturalmente” e começa assim uma carreira de sucesso crescente, com uma discografia composta de 23 trabalhos.

ANTÔNIO BARROS

Nascido em Queimadas de Campina Grande, na Paraíba.
Chegou no Rio de Janeiro em 1960 e ali procurou e encontrou o seu, tendo como fiel companheira na luta a sua esposa Céceu . Em 1961 gravou o seu primeiro disco,
Nesse disco podemos encontrar algumas músicas que foram sucessos nas interpretações de outros artistas, entre elas podemos descascar um de seus maiores sucessos “Procurando tu”, gravada pelo Trio Nordestino e “O que será de nós”, gravada por Marinês. O Cantor e compositor paraibano Antonio Barros é considerado, por muitos artistas, como um dos melhores no gênero nordestino. O mesmo tem mais de 700 composições gravadas por trios, sanfoneiros e artistas de destaque como Luiz Gonzaga, Jackson do pandeiro, Trio Nordestino, Genival Lacerda, Marinês, Elba Ramalho e Ney Matogrosso, entre outros.

FONTE: http://www.itabaianaforcajovem.com.br


O goleiro Luís Marques, o Lula Jogou no BOTAFOGO/PB

VALMIR STORTI 

DA REPORTAGEM LOCAL

O goleiro Luís Marques, o Lula, hoje é dono do curtume Nossa 
Senhora da Conceição, em Itabaiana, na Paraíba.
Por telefone, o goleiro afirmou à Folha que a descoberta de que levou o verdadeiro gol mil não mudará nada: ``Vou continuar com a mesma vida simples".
(VS)

Folha - O senhor se lembra do jogo contra o Santos?
Lula - Para mim é como se tivesse acontecido ontem.
Folha - Como foi?
Lula - Foi um jogo equilibrado. O Santos era um timão.
Folha - Quem foi o destaque da partida?
Lula - Foram dois gols do Manoel Maria (ponta-direita) e um do Pelé. O Manoel Maria foi o melhor jogador em campo. Só não fez chover.
Folha - E o Pelé?
Lula - Ele estava um pouco parado, jogando pelo meio com o Lima e o Zito.
Folha - O senhor se lembra do lance do pênalti?
Lula - O Manoel Maria passou por dois ou três e o quarto-zagueiro Lando fez a falta. O Pelé não queria bater, mas o Carlos Alberto, que era o capitão, mandou ele chutar.
Folha - E a cobrança?
Lula - Nosso técnico estava atrás do gol e gritou para eu cair no lado esquerdo, mas ele bateu no outro. Depois, Pelé me disse que ouviu a instrução.
Folha - E se aquele fosse o milésimo gol?
Lula - Não haveria problema, não me importaria.
Folha - Depois de marcar, Pelé foi jogar no gol. O senhor acha que ele não queria anotar o gol mil oficial?
Lula - Tem gente que fala que estava tudo pronto para o gol ser no Rio, mas não acredito. Vi o jogo seguinte, contra o Bahia, pela TV. O Santos estava perdendo. Ele pegou a bola no ataque, passou por três jogadores e encobriu o goleiro. A bola bateu no travessão e um meia, na corrida, fez o gol.
Folha - Se tivesse levado o milésimo gol, acha que sua vida teria sido diferente?
Lula - Teria sido para melhor. Piorar não pioraria.
Folha - Foi feita uma recontagem dos gols marcados por Pelé e descobriu-se que o gol que o senhor levou não foi o 999º, mas o milésimo.
Lula - (silêncio)
Folha - O que achas?
Lula - É uma alegria. Pelo menos foi um goleiro brasileiro e não um argentino. Fica tudo por aqui. É mais uma alegria para o futebol brasileiro. 

Texto Anterior: Milésimo gol profissional foi coroado por acaso

Índice



VALMIR STORTI 
DA REPORTAGEM LOCAL

O milésimo gol de Pelé não foi marcado no Rio de Janeiro. Não aconteceu no Dia da Bandeira. Não teve como vítima o goleiro argentino Andrada, do Vasco.
O milésimo gol foi anotado em João Pessoa. Ocorreu em 14 de novembro de 1969, cinco dias antes do, injustamente eternizado, jogo do Maracanã. E seu "coadjuvante" foi o goleiro brasileiro Lula, do Botafogo da Paraíba.
Após três meses de pesquisa, a Folha constatou uma falha na contagem dos gols do maior jogador de futebol de todos os tempos.
O tropeço estatístico compromete toda a história oficial da trajetória esportiva de Edson Arantes do Nascimento, hoje com 54 anos.
O erro se deu no ano mais atribulado da carreira do atleta.
Em 1959, Pelé marcou 127 gols em 103 jogos -pelo Santos, pelas seleções paulista e brasileira e pelo time das Forças Armadas (ele servia o Exército na época).
Entre eles, os disputados na primeira edição do Campeonato Sul-Americano Militar.
A contagem oficial informa que a abertura do torneio acontecera em 5 de novembro daquele ano.
Primeiro erro.
Conta, também, que a equipe brasileira teria vencido os paraguaios por 4 a 3.
Segundo erro.
Diz, ainda, que Pelé não fez nenhum gol.
Terceiro erro.
Na verdade, a partida contra o Paraguai aconteceu no dia 18.
O time brasileiro venceu na estréia por 4 a 1.
E Pelé marcou o segundo gol.
O gol ``esquecido" foi marcado em General Severiano, campo do Botafogo-RJ.
Antes do apito inicial, Pelé, 19 anos, fez o juramento do atleta.
Apesar da expectativa de goleada, criada pela presença do jovem campeão mundial (o Brasil conquistara o título na Suécia no ano anterior), o primeiro tempo terminou empatado em 1 a 1.
O gol brasileiro foi marcado aos 4min por Roberto Bataglia, ponta-direita do Corinthians. Apodoca igualou aos 15min, aproveitando-se de falha da defesa brasileira.
No intervalo, o técnico Maurício Cardoso trocou Hélio Cruz pelo meia Parada. O time melhorou.
Aos 9min, após receber a bola de Valter, Pelé enganou quatro adversários com um drible de corpo e chutou para desempatar.
A partir daí, o Brasil dominou a partida. Valter fez os outros dois gols, aos 31min e aos 37min.
Contabilizado o gol contra os paraguaios, perde o valor simbólico a partida realizada no Maracanã dez anos e um dia depois.
A descoberta da falha estatística resgata um jogo ignorado pela história do futebol brasileiro.
O amistoso contra o Botafogo-PB marcava a inauguração do estádio Governador José Américo de Almeida, hoje desativado.
O evento foi marcado de última hora. Quase não aconteceu devido a um veto da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), que não permitia dois jogos de uma equipe num intervalo inferior a 72 horas.
O Santos ganhava por 2 a 0, dois gols de Manoel Maria. Aos 21min do segundo tempo, o ponta passou na corrida por três adversários e foi derrubado na área pelo quarto-zagueiro Lando.
Por orientação do lateral Carlos Alberto Torres, capitão do time, Pelé chutou e marcou aos 23min.
O verdadeiro ``gol mil" teve uma única semelhança com o ``gol 1.001", sofrido por Andrada.

Também foi de pênalti. (São Paulo, Domingo 14 de maio de 1995)


Um comentário:

  1. É riquíssimo poder ter conhecimentos da vida e tragetoria dos nossos artistas paraibanos

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