domingo, 28 de abril de 2013

COMO LIDAR COM O ALUNO AGRESSIVO


Ao conversar com a criança de pré-escola e mostrar a ela comportamentos positivos, você contribui  para resolver problemas de agressividade ... Mas é importante envolver os pais nesse processo.

Em meio a brincadeiras e risos na hora do recreio, você escuta o choro de um aluno. Ele acaba de ser agredido por um colega. A cena é comum e até normal em turmas com crianças de até 6 anos. Mas, quando uma delas machuca os outros com freqüência e reage violen­tamente às dificuldades, é sinal de que a agressividade ultrapassou os limites.

Até os 3 anos de idade, dar tapas, empurrar o amigo ou qualquer outro tipo de contato físico pode significar desejo de aproximação e não necessariamente vontade de incomodar. En­tre 4 e 6 anos, os pequenos já sabem comunicar situações que não lhe são agradáveis.  Nessa idade, a criança é capaz de brincar 'com' e não apenas 'ao lado de' amigos. Ela começa a perceber as regras de convivência.


Esses estágios de desenvolvimento não acontecem exatamente ao mesmo tempo; alguns podem apresentar por um período maior comportamento mais ou menos avançados em relação à idade Nem todas as crianças se adaptam facilmente a essas mudanças emocionais o que pode também ser uma causa das reações hostis.

Entre as causas estão a falta de cuidado e a violência, agressividade exagerada geralmente: é sintoma de problemas mais graves alerta Ivânia Pimemel, terapeuta e supervisora da Associação Criança Brasil, que atende 600 jovens em são Paulo. Entre os fatores desencadeadores de procedimentos agressivos está, temperamento difícil e impulsivo: falta de carinho; violência física ou emociona, ausência de limites ou tolerância excessiva dos pais; excesso de ener­gia mal canalizada; necessidade de experimentar limites até reconhecer os próprios controles; não tolerar frustrações e deficiências físicas ou mentais; ainda não descobertas.
A criança com comportamento agressivo pode estar passando por situações especiais sem o devido apoio, como se­paração dos pais, nascimento de um ir­mão ou morte de alguém querido. Pa­ra Ana Coelho Vieira Selva, professora do Departamento de Psicologia e  Orien­tação Educacional da Universidade Federal de Pernambuco, "é fundamental que o aluno não seja estigmatizado nem acusado por atos agressivos.

TENHA ATITUDE EQUILIBRADAS

Pais e familiares são os principais exem­plos de conduta para os pequenos, mas você também tem papel importante na formação emocional deles. Se o profes­sor grita e resolve os conflitos em clas­se de maneira agressiva, o aluno pode reproduzir essas atitudes. "Uma das funções da escola é civilizar o indivíduo, não sendo condescendente com atitudes agres­sivas.
Uma atitude positiva é se aproximar do estudante. Dessa forma, ele vai. se sentir à vontade para expor seus sentimentos e pode até tentar explicar seus gestos impetuosos. Ofereça chances de a criança se retratar e. crie situações de estimulo; substitua o "Isso não se faz! por "Você é um garoto legal. Não vai mais querer bater no amigo". Converse com o aluno no pátio ou no parquinho. Salas fechadas, como a temida direto­ria, podem causar constrangimento.
Há algumas práticas que você pode adotar para reduzir o comportamento agressivo. Ativida­des que apresentem modelos de com­portamento bem-aceitos também fun­cionam. Monte, por exemplo, um teatrinho de bonecos e represente confli­tos comuns entre as crianças, interca­lando situações em que as agressões trouxeram conseqüências desagradáveis com as que foram resolvidas com coopera­ção, amizade e diálogo.

CONVERSAR COM OS PAIS É ESSENCIAL


A comunicação entre a família e a esco­la é imprescindível. Não desista se as primeiras reuniões com os pais forem difíceis. "Normalmente eles acham que a professora 'marca' o filho. Alguns aca­bam aceitando; outros, porém. chegam a tirar a criança da escola.

Se os pais não colaboram, há no mínimo três possibilidades: faltam parâ­metros de comparação, por terem so­mente um filho; a agressividade é nor­mal em casa; ou existem problemas na re­lação familiar e os pais sentem vergo­nha de assumi-Ias. O problema pode ser pais ou familiares agressivos, casamento em crise, ou uma infinidade de coisas.
Uma boa maneira de começar a com os pais é ressaltar as quali­dades do aluno se iniciar falando dos defeitos e comportamento, eles po­dem achar que você não gosta dele e não vão querer escutá-Io. Explique que a criança necessita de ajuda e exponha tudo o que a escola Já fez para tentar re­solver o problema, Indique psicólogos de confiança ou sugira alternativas gra­tuitas em faculdades ou postos de saú­de de sua região.



PARA PROMOVER A BOA CONVIVÊNCIA DO GRUPO 
·  Oriente os alunos·a avisar você quando acontecer urna agressão.
·  Jamais incentive crianças a responder a atos agressivos com violência.
·  Converse com a turma sobre o que é certo e o que é errado e combine regras de boa convivência.
·  Conte histórias sobre amizade, amor e relações tranquilas.
·  Recompense as boas condutas.
·  Programe atividades físicas em que os alunos gastem bastante energia,
·  Realize brincadeiras em que haja contato físico entre as crianças, corno as rodas.
·  Leve a garotada para brincar ao ar livre.
·  Aplique técnicas de relaxamento.
·  Monte uma brinquedoteca.

COMO AJUDAR O ESTUDANTE AGRESSIVO

· Crie uma relação de amizade e confiança com ele;
·Estabeleça claramente os limites;
·lncentive manifestações de afeto, segurança, senso de responsabilidade e de cooperação;
· Nunca grite, brigue ou discrimine esse aluno.


Fonte: Desenhos Aprender Ensinar

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