Autoridades dos países vizinhos suspeitam que os grupos organizados de traficantes de chifres receberam auxílio de guardas florestais do país para rastrear os animais.
Os últimos 15 rinocerontes conhecidos que viviam na parte moçambicana do Grande Parque Transfronteira de Limpopo, que também ocupa parte da África do Sul e do Zimbábue, foram mortos por caçadores no mês passado. Os criminosos perseguem os animais para remover seus chifres, que alcançam altos valores no mercado negro asiático por conta de sua reputação popular como afrodisíacos e remédios contra o câncer.
As mortes recentes e as constantes falhas do governo de Moçambique no combate à caça ilegal levaram os líderes sul-africanos a considerar o reerguimento de cercas entre suas áreas de preservação. As autoridades acreditam que os caçadores conseguiram rastrear os rinocerontes com a ajuda de guardas florestais da reserva moçambicana.
Trinta guardas serão julgados nas próximas semanas pelas acusações de envolvimento na morte dos animais. Especialistas afirmam que os funcionários recebem péssimos salários, o que os deixa vulneráveis à corrupção exercida pelos grupos organizados de caçadores.
Números do crime
O negócio ilegal causou um grande aumento na eliminação de rinocerontes nos últimos anos. Além das mortes do que restava da espécie em Moçambique, mais 180 animais foram abatidos no lado sul-africano do parque somente em 2013. Ano passado, o total chegou a 668 somente na África do Sul.
A punição pela caça de rinocerontes na reserva sul-africana chega a ser mais intensa do que pelo assassinato de uma pessoa. Já em Moçambique, os caçadores conseguem se livrar do problema pagando uma multa, nas raras ocasiões em que são acusados, e mandam os chifres para fora do país por meio de seus portos e aeroportos.
Fonte: http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/africaandindianocean/mozambique/10028738/Last-rhinos-in-Mozambique-killed-by-poachers.html
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