domingo, 23 de janeiro de 2022

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: VIAJANTE DOS MARES – 5º ANO

Leia:

Viajante dos Mares

 

            Você faz parte do time que considera as tartarugas bichos lentos e vagarosos, que só se deslocam por curtas distâncias? Então, não conhece a tartaruga-verde. Desde que apareceram no planeta, há cerca de 150 milhões de anos, tartarugas marinhas como essa costumam nadar longos percursos entre os continentes. Sabe por quê?

            Na época da reprodução, as fêmeas das tartarugas marinhas quase sempre retornam à praia em que nasceram. Estejam onde estiverem, anualmente ou a cada dois ou três anos, elas se deslocam até ali e fazem buracos na areia para pôr de 35 a 190 ovos. Depois, retornam à água e não tem mais contato com os seus filhotes.

            A Chelonia mydas – como os cientistas chamam a tartaruga-verde – é uma das cinco espécies de tartarugas marinhas que existem no Brasil [...]

            [...] Os filhotes nascem com cerca de 20 gramas e correm para o mar logo depois de saírem dos ovos. No entanto, esse é um momento perigoso, pois existem predadores em terra firme (como o caranguejo maria-farinha ou grauçá); no ar (como as gaivotas e fragatas); e na água (os tubarões, ocasionalmente). Por isso, depois que entram na água, as tartarugas marinhas recém-nascidas dirigem-se a lugares mais seguros, como os bancos de algas flutuantes em mar aberto, onde encontram alimento e abrigo.

            Quando jovem, a tartaruga-verde alimenta-se de pequenos moluscos, vermes, caramujos, medusas e águas-vivas. Porém, quando adulta, muda o cardápio e se torna vegetariana: come algas e grama marinha.

            Mas se o que você quer saber mesmo é por que a tartaruga-verde tem esse nome... [...] É por causa da gordura que se acumula embaixo dela e dá a essa tartaruga um tom esverdeado.

            Por décadas, a tartaruga-verde foi caçada para servir de alimento. [...] Hoje, porém, a caça desse bicho está proibida.

            Torçamos para que, com essa decisão e com os estudos que vêm sendo realizados, a situação dessa espécie mude e ela volte a ser numerosa. Afinal, quem não gosta de ver, quando está navegando ou à beira-mar, a tartaruga-verde nadando suavemente na água? Queremos ajudar a protegê-la. E você?

 

Carlos Frederico Duarte Rocha. Revista “Ciência Hoje das Crianças”. Edição 171.

Disponível em: <http://capes.cienciahoje.org.br>. (Com cortes e adaptações).





https://acessaber.com.br/atividades/interpretacao-de-texto-viajante-dos-mares-5o-ano/


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